Numa altura em que as preocupações com uma alimentação cada vez mais saudável e variada e em que os benefícios de certos alimentos são cada vez mais escrutinados, uma das mais recentes modas é a dos “superalimentos”. E pergunta o leitor “Estão as pessoas a apostar em alimentos de maior dimensão nas suas refeições?”. Nada disso.

Os superalimentos são alimentos que possuem uma elevada densidade nutricional em vitaminas, minerais, fibras e fitoquímicos. Se os primeiros três são mais conhecidos, “fitoquímicos” não é propriamente um conceito muito familiar. Mas explicamos: neste grupo de nutrientes estão químicos com origem vegetal (frutas e vegetais) que têm principalmente propriedades antioxidantes que fortalecem o sistema imunitário.

Voltando à alimentação, os benefícios dos superalimentos têm sido bastante discutidos entre a comunidade científica. Alguns advogam que a sua popularidade não passa de uma campanha de marketing visto que ainda não há provas suficientes a evidenciar os efeitos destes alimentos. Mas, por outro lado, existe uma parte que defende que não obstante não poderem ser um atalho para uma alimentação mais saudável, os seus efeitos serão observados se forem integrados numa alimentação variada, onde não substituem outros alimentos essenciais que devem continuar a fazer parte da nossa dieta. (Veja ainda as nossas receitas para uma alimentação mais saudável)

Quais são, então, os superalimentos mais famosos?

Quinoa

É provavelmente o mais conhecido desta lista. Sendo um grão de uma planta com o mesmo nome, a quinoa destaca-se por não ter glúten e pela sua concentração equilibrada de proteínas, que permite que esta seja rica em propriedades antioxidantes benéficas para a saúde física. Por tudo isto, tem vindo a ser incluída cada vez mais em pratos como substituto da massa e do arroz e a tornar-se uma presença habitual nas mesas das famílias.

Se quiser saber mais sobre este superalimento clique aqui.

Bagas de Goji

Oriundas da Ásia, as bagas goji são utilizadas na medicina chinesa para tratar variados sintomas. São ricas em ferro e em vitamina C e têm propriedades antioxidantes que são benéficas para combater a fadiga. Não devem ser consumidas durante a gravidez e amamentação e costumam ser incluídas em saladas, batidos, iogurtes, cereais ou chás.

Cânhamo

Este superalimento, apesar de derivar da planta de cannabis, tem níveis de THC muito baixos, pelo que nada tem a ver com outros usos mais conhecidos da referida planta. Em vez disso, tem uma boa quantidade de ácidos gordos que contribuem para a saúde cardiovascular e é normal encontrá-lo em saladas, batidos ou iogurtes.

Spirulina

Esta alga presente em lagos africanos é muito usada por desportistas, visto que tem uma elevada capacidade antioxidante, perfeita para a recuperação muscular. É normalmente consumida em pó e conhecida por ter um sabor amargo no início e mais doce no fim do seu consumo. Para poder saboreá-la na perfeição, pode juntá-la a sumos ou batidos (balanceando com o sabor de frutas ou vegetais) costuma ser o ideal.

Açaí

Este superalimento assemelha-se a um mirtilo e vem da Amazónia, onde nasce em árvores altas, o que torna a sua colheita complicada. Como é bastante perecível, o açaí é por norma consumido em polpa ou em pó, depois de congelado. Entre os seus principais benefícios estão propriedades anti envelhecimento e anti-inflamatórias, por ser rico em antioxidantes. Adicioná-lo a um batido ou sumo ou incluí-lo em cereais costumam ser as melhores opções para a sua utilização.