Há certos alimentos que estão no pódio das tendências gastronómicas mais saudáveis e populares: couve (quem não ouviu falar das “kale salads”?), abacate (continua em todo o lado, das tostas e saladas, aos pratos com peixe, carne ou até nas sobremesas) ou tapioca (o ingrediente que dá tanto para os gulosos como para quem prefere salgados) são algumas das maiores modas culinárias dos últimos tempos. No entanto, hoje debruçamo-nos sobre uma tendência que parece ter vindo para ficar: a quinoa.

Informação nutricional

Apostamos que já a provou de várias maneiras, mas será que sabe do que realmente se trata? A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação decretou 2013 o Ano Internacional da Quinoa, devido ao alto conteúdo nutritivo desta semente, e desde aí o ingrediente não perdeu popularidade. A quinoa é tão versátil que pode ser usada como acompanhamento, em saladas ou até em bolos - com o dobro do teor de proteína do arroz ou da cevada, é também uma grande fonte de cálcio e magnésio, para além de contribuir para os níveis de vitamina B, vitamina E e fibra.

Como se estes benefícios nutricionais não fossem suficientes, a quinoa é também um dos cereais e derivados menos alergénicos, sendo uma ótima alternativa para quem não come glúten. É também uma excelente escolha para vegans, uma vez que tem todos os aminoácidos essenciais - é, portanto, uma fonte de proteína completa.

Valores nutricionais por 100 gramas de quinoa cozinhada:

Energia: 120 kcal

Gordura: 2g

Hidratos de Carbono: 21g

Fibra: 2,8g

Proteína: 4g

Fonte: Nutrition Value

B.I.

A quinoa é uma planta nativa da cordilheira dos Andes, no Perú, no Chile e na Bolívia. Apelidada como “o grão dourado dos Andes”, alimenta há mais de 5.000 anos as povoações que vivem na base das montanhas e, mais recente, popularizou-se pelo mundo fora.

É um grão altamente nutritivo e, como contém mais proteína do que muitas outras plantas, era, tal como a batata, um dos principais alimentos das populações dos Andes – tradicionalmente, era torrada e transformada em farinha para pão. Hoje as suas aplicações multiplicam-se: pode ser acrescentada a sopa, usada como um cereal, transformada em massa e até fermentada para cerveja ou chicha, a bebida tradicional dos Andes.